ATA DA TRIGÉSIMA QUARTA SESSÃO SOLENE DA SEXTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA NONA LEGISLATURA, EM 02.08.1988.

 


Aos dois dias do mês de agosto do ano de mil novecentos e oitenta e oito reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Trigésima Quarta Sessão Solene da Sexta Sessão Legislativa Ordinária destinado à entrega do Título Honorífico de Cidadão Emérito ao Senhor Milton Feliciano de Oliveira, concedido através do Projeto de Resolução n.º 47/87 (proc. n.º 2392/87). Às dezessete horas e dezoito minutos, constatada a existência de “quorum”, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e convidou os Líderes de Bancada a conduzirem ao Plenário as autoridades e personalidades presentes. Compuseram a Mesa: Ver. Brochado da Rocha, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Senhor Milton Feliciano de Oliveira, homenageado; Senhora Iracelis de Oliveira, esposa do homenageado; Vereador José Cardoso Pereira, da Câmara Municipal de Mogi das Cruzes - São Paulo; Senhor Ernesto Pereira da Silva, Presidente do sindicato dos Jornaleiros; Senhor Luis Feliciano de Oliveira e Senhora Elisaura de Oliveira, pais do homenageado; Ver. Luiz Braz, 2º Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre e, na ocasião, Secretário “ad hoc”. A seguir, o Sr. Presidente concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Ver. Luiz Braz, como proponente da presente Sessão e, em nome das Bancadas do PMDB, PDT, PFL, PL e PDS, discorreu sobre o trabalho realizado por S. Sa. à testa da DIPA, ressaltando a sua importância, e as inovações introduzidas pelo mesmo neste setor. Falou, também, que através da homenagem prestada ao Sr. Milton Feliciano de Oliveira, esta Casa homenageia a todos os jornaleiros e distribuidores de revistas e jornais de nossa Cidade. A seguir, O Sr. Presidente convidou o Ver. Luiz Braz a proceder a entrega do Título Honorífico de Cidadão Emérito ao Sr. Milton Feliciano de Oliveira e concedeu a palavra a S. Sa. que agradeceu a homenagem prestada pela Casa. Após, o Sr. Presidente fez pronunciamento alusivo à solenidade, convidou o Ver. Rafael Santos a proceder a entrega do Troféu Frade de Pedra ao homenageado e convidou as autoridades e personalidades presentes a passarem a Sala da Presidência e, nada mais havendo a tratar, levantou os trabalhos ás dezessete horas e cinqüenta e oito minutos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de Amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Ver. Brochado da Rocha e secretariados pelo Ver. Luiz Braz, Secretário “ad hoc”. Do que eu, Luiz Braz, Secretário “ad hoc” determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada será assinada pelos Senhores Presidente e 1ª Secretária.

 

 


O SR. PRESIDENTE: Dou por abertos os trabalhos da presente Sessão Solene. Falará, nesta Sessão, o requerente da homenagem, Ver. Luiz Braz, em nome de todos os partidos com assento nesta Casa. Com a palavra S. Exa.

 

O SR. LUIZ BRAZ: (Menciona os componentes da Mesa.) Senhoras e Senhores. É com grande satisfação que nós, aqui na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, votamos o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre para o Milton Feliciano de Oliveira. E nós tomamos esta atitude com a finalidade de, através desta homenagem, que é bastante significativa, podermos homenagear a todos os jornaleiros desta Cidade, pelo trabalho que todos vocês desempenham em prol da distribuição de cultura, da distribuição de novas sugestões, da distribuição de novos caminhos para toda esta população. E, para prestar esta homenagem, nós tínhamos que escolher alguém que fosse, realmente, uma espécie de símbolo desta luta que os jornaleiros travam no seu dia-a-dia. Começam bem de manhã, quase de madrugada - para não dizer que é madrugada ainda, o galo está cantando e o jornaleiro já está na rua começando a sua missão de colocar os seus exemplares na sua banca para poder começar a sua luta, o seu trabalho do dia-a-dia. E este trabalho é efetuado durante todo o dia, entra a noite e lá está o jornaleiro, cumprindo a sua missão. E este símbolo, que é o Milton, escolhido para ser homenageado entre os senhores e representando os senhores, ele é alguém assim, alguém muito especial, que não tem medo do trabalho, que já provou, não apenas aqui, em Porto Alegre, mas já demonstrou em muitas outras cidades, através deste trabalho que ele presta para a Abril Cultural, a sua competência, a sua capacidade, o seu dinamismo, o seu poder de modificar a rotina diária e que muitas vezes serve para empanar o brilho de pessoas que querem progredir; a sua capacidade para fazer com que as coisas que não andam comecem a andar, que a máquina que não está lubrificada possa receber um pouco de óleo e comece a funcionar. E que as pessoas que estão ao seu redor possam, também, mercê do trabalho que ele executa, também terem uma oportunidade, de vislumbrarem um mundo melhor e de poderem neste mundo conviver. Assim é o Milton. É difícil, é muito difícil chegar em algum lugar e vencer. O Milton chegou aqui em 1982, depois de percorrer boa parte deste Brasil através da missão de representar a Abril Cultural num local ou num outro. E chegou aqui - e aquela frase que é bastante utilizada, mas que, para ele, tem um significado muito especial, ele chegou nesta terra, viu esta terra e venceu aqui nesta terra. E não foi fácil para ele. Em três anos, de 1982 até 1985, dentro da DIPA, a Distribuidora Porto-alegrense de Jornais e Revistas, ele conseguiu fazer com que esta Distribuidora fosse, exatamente, três anos, depois que ele começou a trabalhar, a melhor distribuidora de jornais e revistas de todo o Brasil. 1985 foi um marco histórico na história da distribuição de exemplares de jornais e revistas da Abril, porque aqui, o RS, trazia o troféu de melhor distribuidor, Troféu Victor Civitta ganho em 85, serviu para mostrar que os rumos do trabalho, até então empreendidos pela DIPA, estavam completamente corretos; estava certo o meu amigo Milton, quando remodelava as bancas da Cidade, quando propiciava, a todos os jornaleiros, condições para que a remodelação ocorresse. É claro, é evidente que não é o Milton que remodela as bancas, mas é através da sua ação, através da distribuidora que todos os senhores puderam, de 82 em diante, ter condições de começar a oferecer a Porto Alegre um panorama diferente: não existe uma pessoa que transite por Porto Alegre e que não note que as bancas de jornais e revistas da Cidade são mais bonitas, mais bem organizadas e com melhores padrões, e por isso mesmo, com melhores condições de oferecer um melhor serviço para a população. E é assim a qualidade do serviço empreendido por todos os senhores, serviço este que merece a homenagem que estamos prestando ao Milton Feliciano aqui na Câmara Municipal de Porto Alegre. Não é uma homenagem que este Vereador, o Ver. Luiz Braz, presta para a classe, mas é uma homenagem que todo este Legislativo, que representa toda esta Cidade, presta à classe dos jornaleiros, através do Milton Feliciano. Então, é um momento muito significativo, e acredito até que este é um momento em que a Cidade reconhece um trabalho que foi desenvolvido e um trabalho que foi vitorioso ou que está sendo vitorioso, que é o trabalho dirigido, orientado pela DIPA. Eu verifico na função do jornaleiro em si um divulgador da realidade do dia-a-dia porque é através das bancas que saem as publicações que informam a população daquilo que está acontecendo no nosso dia-a-dia. São os senhores os responsáveis pela Cidade tomar conhecimento daquilo que está acontecendo. São os senhores os responsáveis de, de repente, alguém estar discutindo na esquina que a crise está maior ou que está menor; que o Grêmio ou o Internacional contrataram este ou aquele jogador. Ou que, de repente, esta Cidade vai ter aí, aproximadamente, como todas as cidades brasileiras, um pleito municipal.

Então, é através das bancas, é através deste trabalho prestado pelos Senhores que tudo isto acontece. E este trabalho, quanto melhor organizado ele for, mais bem servida será a população e melhor será formada a opinião pública. Também vejo no jornaleiro um esclarecedor de divergências, porque ele vende várias edições. São vários jornais, várias revistas, são opiniões diferentes que, comparadas umas às outras, trazem, também, esclarecimento, porque é através destas divergências, através destes pontos de vista diferentes, através destas discussões destes pontos de vista é que nós chegamos à verdade do nosso dia-a-dia e assim conseguimos melhorar a vida da Cidade porque quanto melhor formada a opinião pública, quanto mais verdadeira for a formação desta opinião pública, melhor será para a Cidade, melhor será para todos. E também vejo no jornaleiro o vendedor de ilusões, porque é através das suas revistas, que falam sobre contos dos mais diversos possíveis, desde os mais românticos, até os mais eróticos, os mais apimentados, os mais doces, conseguem fazer com que as pessoas esqueçam um pouco da crise, mergulhem um pouco no mundo de ilusão que é bom para todo o mundo porque senão muitas pessoas iriam enlouquecer se ficassem vivendo constantemente alimentadas pela crise, e através desta possibilidade de ser o vendedor de ilusões, também os senhores contribuem para o equilíbrio da nossa sociedade. E é por isso que era importante, no meu ponto de vista, prestar esta homenagem; é por isso que era importante reconhecer, perante toda a sociedade, que o trabalho desenvolvido pelo jornaleiro é um trabalho dos mais importantes sob o ponto de vista sociológico. Porque imaginem os senhores uma cidade sem as bancas, ou uma cidade que tivesse as mesmas bancas que nós temos hoje em dia, mas que não tivesse a distribuição organizada e bem orientada. O que seria da cidade? O que seriam das opiniões formadas da cidade? O que seriam das pessoas que vão procurar exatamente nas bancas das revistas a sua fonte para poder deter os conhecimentos necessários para o dia que vão enfrentar? É por isso que esse homem mereceu esta homenagem, porque ele teve o poder de pegar todos estes revendedores, organizá-los, orientá-los, dar condições para que eles pudessem vender a sua mercadoria e, muito mais do que isso, um incentivo que talvez, pela primeira vez, foi sentido na cidade, muito embora eu sempre preste aqui uma homenagem a alguém que a gente não pode esquecer nesse trabalho de divulgação, que foi o Sr. Otávio Sagebin. Este também é um nome que merece sempre ser ressaltado pelo trabalho que prestou na divulgação da Abril Cultural aqui em Porto Alegre. Depois do Otávio Sagebin, o nosso amigo Milton dinamizou, deu rumos mais eficazes, não que o Otávio Sagebin não fosse um bom distribuidor, mas o Milton, através de campeonatos que realiza, através de confraternizações constantes, nós mesmos tivemos oportunidade no último final de semana lá em Tramandaí participarmos da convenção da DIPA, que foi uma coisa maravilhosa. Eu já tenho acompanhado a DIPA há algum tempo e tive a oportunidade de comentar com alguns amigos que, apesar da DIPA ser bem organizada, nunca tinha conseguido organizar uma convenção tão boa, tão bem dirigida, como esta de Tramandaí. Saltou aos olhos a organização, que era de primeiríssima qualidade. Eu não vi um só jornaleiro, um só convencional que lá estivesse, que não se manifestasse satisfeito com os trabalhos desenvolvidos durante as convenções. Isto é bom para a classe e, sendo bom para a classe, é bom também para a Cidade. Aquele poder de todos se confraternizarem. É claro que ali estavam os melhores, mas aqueles que não foram homenageados por lá, pela DIPA, se sentem incentivados de alguma forma para, no ano que vem, estarem presente entre os quarenta. Nem que não fiquem entre os 10 e depois não fiquem entre os melhores, mas que pelo menos estejam entre os quarenta. Eu tenho certeza de que não há um revendedor nesta Cidade, um dono de banca que não sinta a possibilidade de, no ano que vem, estar incluído entre os quarenta. Esta competição é ótima, esta competição é muito boa, é salutar, porque ela faz com que a classe possa progredir. Eu vejo todos os dias as pessoas tentando novas fórmulas, um novo jeito, um novo meio de poder vender melhor. Isso é bom para a distribuidora, mas também é bom para cada um individualmente e é bom para a classe toda.

Então, aqui ficam os meus cumprimentos pelo trabalho desenvolvido por todos os senhores, ao poder de luta que os senhores demonstraram durante todo o tempo e o grande símbolo desta luta é o meu amigo Burmann, que conseguiu, com a Banca da República, batalhar e, depois de quase sair de lá, mostrou que, com a união da classe e com ajuda de algumas pessoas, ninguém pode vencer uma classe. E ele realmente foi símbolo desta luta aguerrida de que os senhores são capazes.

Meus cumprimentos ao meu amigo Milton, que vive hoje, eu tenho certeza, um dia especial para ele. Inclusive, eu notava que lá convenção da DIPA, no sábado, quando ele se referia a esse Título que ele iria receber aqui na Câmara Municipal, ele tinha sua voz embargada pela emoção. E eu sentia que a emoção representava, exatamente, a importância do Título que ele recebia, porque é exatamente a importância que fazia com que ele tivesse a voz entrecortada para dizer que hoje ele receberia o Título.

Mas, hoje, você recebe um Título, Milton, muito merecido, por um trabalho que você fez com muita qualidade, porque o homem vale muito pela experiência que ele tem. E você, nas suas andanças aí por esse Brasil todo, conseguiu angariar uma experiência muito grande, empregando seus métodos e fazendo com que a Abril pudesse vender muito mais. Você chegou em 1982 e colocou toda a sua experiência na prática, para fazer com que os jornaleiros daqui de Porto Alegre pudessem vender muito mais. Você conseguiu embelezar a Cidade, porque as bancas, hoje em dia, conseguem embelezar a Cidade. Nenhum administrador, hoje em dia, assumiria a Prefeitura Municipal e olharia as bancas como alguma coisa que tirasse o brilho da Cidade. As bancas estão inseridas muito bem na Cidade.

Por tudo isso é que nós saudamos o Milton e, através dele, toda a classe dos jornaleiros, pelo trabalho desenvolvido até aqui. E que continue assim com essa união de classe e com essa posição guerreira, para que a classe seja cada vez maior. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Convido o Ver. Luiz Braz a fazer a entrega do título Honorífico de Cidadão Emérito ao Sr. Milton Feliciano de Oliveira.

 

O SR. LUIZ BRAZ: (Entrega o Título.) Ao meu amigo Milton, o Título bastante merecido pelo seu trabalho, pela sua luta, pela sua contribuição a esta Cidade. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o nosso Homenageado.

 

O SR. MILTON FELICIANO DE OLIVEIRA: Exmo. Sr. Presidente, Ver. Brochado da Rocha, Exmo. Sr. Ver. Luiz Braz, Ver. Rafael Santos; meu amigo Ver. José Cardoso Pereira; Sr. Ernesto Pereira da Silva e demais componentes da Mesa. Jornaleiros e jornaleiras e amigos presentes. Apesar de ser um agnóstico e procurar sempre me manter realista, há algo entre mim e Porto Alegre que parece predestinação. Pois vejam os senhores: logo após o meu nascimento, e isso já ocorreu há muitos anos, eu recebi de presente de meu padrinho esta apólices intituladas “empréstimo popular de uniformização”, assinadas pelo Sr. Alberto Bins, Prefeito Municipal de Porto Alegre. Esta foi também, a primeira cidade que visitei como funcionário da Abril. Mais estranho ainda é fato de que o antigo distribuidor desta Cidade tinha por costume presentear todos os seus visitantes com uma estatueta do Buda, porém a mim, que durante dez anos mantive contatos com o Sr. Octavio, ele jamais deu a sua famosa réplica de Buda. A ultima coincidência é que até 1982, quando me instalei aqui, tornando um distribuidor de publicações, o Dia do Jornaleiro era comemorado a 3 de outubro no Rio Grande do Sul e nas mais variadas datas no País todo, mas hoje a data nacional do Jornaleiro é comemorada, em todo o Brasil, no dia 30 de setembro, data em que nasci. Hoje, senhores, talvez esteja se completando um ciclo: aquele em que eu alcanço a cidadania definitiva. Este título que me é concedido, senhores e senhoras, precisa ser compartilhado, primeiro com meus pais aqui presentes, que com muita luta e sacrifício deram a seus filhos condições necessárias para se desenvolverem e crescem como pessoas e como cidadãos, coma minha esposa Iraceles, que não vacilou em me acompanhar a esta terra desde o primeiro momento em que para isso foi convidado. Este título deve ser compartilhado, ainda, com todos os funcionários da DIPA, principalmente os mais antigos, que são a base do nosso trabalho. E, acima de tudo, este título deve ser compartilhado com todos os jornaleiros da Grande Porto Alegre, desde a menor banca ou a tabacaria mais distante até aos grandes revendedores, pois todos, sem exceção, são os responsáveis diretos pela execução de nosso trabalho, que só se completa no momento em que o leitor é bem atendido e adquire a sua publicação proferida. A vocês, jornaleiros e jornaleiras, eu estendo esta homenagem. Para finalizar, eu quero agradecer ao Vereador José Cardos Pereira, meu irmão, e sua esposa Taís pela honra que me dão comparecendo a esta solenidade, agradecer ainda à minha irmã Carmem Regina, aqui presente, que com suas visitas anuais encurta a distância e a saudade da família que às vezes nos atinge. A meus filhos Camilo, Danilo e Emilio eu entrego a certeza de que honrarei este título que recebo e que eles se orgulharão de ter um pai, de hoje em diante, gaúcho. Obrigado Vereador Luiz Braz pela honrosa indicação e obrigado a todos pela presença.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Ao encaminhar o final desta Sessão, em nome da Câmara Municipal de Porto Alegre, cumprimento os amigos e colegas do Homenageado e agradeço a seu comparecimento. Expresso, outrossim, a satisfação da Câmara Municipal de Porto Alegre em prestar a homenagem que, como muito bem referiu o Ver. Luiz Braz, não só brinda o Sr. Milton Feliciano de Oliveira, mas simboliza uma homenagem à classe de um modo em geral. É a forma de expressão desta Casa para homenagear aos senhores que, como disse ainda o orador que falou em nome da Casa, madrugam para trazer a todos nós, habitantes desta Cidade, os versos e os contraversos, as notícias boas e as notícias ruins. Isto é muito importante num País combalido por dificuldades econômicas, mas, sobretudo, num País pobre em cultura, em saber e em conhecimento. Acredito que, se houvesse a democratização da cultura, este seria um passo gigantesco no sentido de também democratizarmos a vida que o País, como País, como Estado, como Cidade, merece. Este trabalho que os senhores e o nosso Homenageado realizam diuturnamente e de uma forma que se antecipa a todos, pois a notícia sempre se antecipa a todos nós, é uma das características da notícia. O que não antecipa não é notícia. Por isso se justifica a madrugada dos senhores.

Quero, também, fazer uma homenagem da Câmara Municipal, a homenagem do Troféu Frade de Pedra, que traduz a nossa fraternidade, a nossa hospitalidade para com aqueles que convivem na Cidade.

Pediria ao Ver. Rafael Santos que fizesse a entrega do Troféu Frade de Pedra ao nosso Homenageado.

 

(O Sr. Rafael Santos procede à entrega do Troféu Frade de Pedra ao Homenageado.) (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE: Por último, se os senhores me permitem, gostaria de cumprimentar de forma especial o nosso colega Ver. José Cardoso Pereira, de Mogi das Cruzes, que nos deu a honra de poder chegar a esta Casa, tomar contato com ela, e que, para nós, fica nos Anais registrado e pedimos que S. Exa. leve à Câmara de São Paulo o nosso profundo respeito com aquela Cidade que tantas vezes tivemos a oportunidade de conviver em Congressos Nacionais de Vereadores, ao longo do tempo. Que S. Exa. leve o nosso abraço, o nosso apreço.

Por fim, uma vez mais, saudamos, aqui, os pais do nosso Homenageado, sua senhora, os filhos, amigos, colegas. A Câmara Municipal de Porto Alegre agradece profundamente a presença de todos os senhores. Muito obrigado.

 

(Levanta-se a Sessão às 17h58min.)

 

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